15/01/2009

Ele estava sob a mira do seu módulo, enquanto modulava algum perdão. Ela disse sim, ela disse não. Ele disse então:
- quantos ângulos constroem essa palavra?
Ela fez que entendeu, girou lentamente sobre sua base, se enrolando no fio do asfalto. Já era tarde. Melhor não remexer essa água, o escuro revela o medo na nossa imaginação afoita. E quem eh que dorme cedo? Eles fecharam os olhos juntos, e sonharam.
7 hrs da manhã, e já não tem cristo na janela. Ele reclama. Ela nem escuta acostumada. É só mais um novo velho dia. Queria estar dormindo, não, queria estar nascendo. Queria berrar. Berrou. Do chuveiro, pensou que era com ele. Fez que não ouviu. Juntos desceram as escadas. Os degraus tinham se aproximado com os anos, a escada encurtava sua distância. Seguiam ligeiros, a trilha marcada por pés e mãos. Ela de súbito não agüentou, respirou fundo a sua náusea, empalidecendo a face escura pelos pensamentos. Vertigem, caiu. Ele não a segurou, estava atrasado.
Ela cai sob seus pés. Ele a pisa. Ela derrete em sua sola, e o segue até o café.
8 e 30. Comem torradas sem esquecer da simpatia com o garçon. Café sem açúcar pra ela, 3 gotinhas de doce pra ele. Aparentavam harmonia, porém queimavam prontos a erodir. Ele ofereceu uma gota para ela, estava amarga. Ela aceitou, estava nada. Enfatizaram um olhar. Ela falou que ia dançar. Ele foi ao bar.
- te vejo daqui 40 min ... e no fim desse tempo suas portas se colidiram e eles puderam colorir entra as linhas, abrigados de si mesmos. Ninguém mais voltou. Ela foi embora. Ele arrumou outra.

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