04/04/2009

Como se matar silenciosamente?

Disserto novamente na vontade de esclarecer minha mente que se retrai ao chão como os meus dedos dos pés. Esqueço de todo o meu ser e despejo minhas angústias enquanto berro em vão, sem deixar de ver que faço o que faço, escolhendo a hora de poder parar. Tento despedir o apego latente sob o que amo em tentativas sóbrias de distrair a dor. É simples a matemática universal que gira sob o mesmo ângulo. É quase neutra a simetria da neurótica frase que nos contamina o Sintagma Nominal. Tento por mais que seja a lógica universal, ouvir o que se tem pra dizer nunca imune à sua intenção. Pois bem, assim seja, que todos devam estar de mais próximos tanto quanto de mais a vontade do despejo alheio. Nada mais faz sentido. Nada mais se retém ao invés de novamente insistir o troco que pudesse sustar a nóia de estar vivo. Mas, ao mesmo tempo, há os que sentem a rosa do espinho, segundo algo sobre Machado de Assis. Há os que tentam, mais do que o próprio umbigo, que se dilata de prazer. Eu sei o que certo cara diria, dessa merda toda que rola solta nesse mundo terrestre. Ele diria, que se fodam os que me fodem, a verdade é única, é eterna. Todos temem, todos pagam, mas poucos sentem o que é realmente estar vivo. Pois são poucos que conseguem sentir além do que conseguem entender, na racionalidade nefasta de suas mentes. E somos todos culpados. Pois esse é o sentimento que nos move, quando não estamos culpando aos outros, com nosso ciumento egoísmo que exala nossa propensão à soberania. Se somos todos iguais aos olhos divinos, pq inimigos aos olhos irmãos? E são tantos os que expurgam em nome de deus, como se o próprio criador tivesse lhe pedido pessoalmente. Igreja, Religião, na minha opinião a ciência é o que nos mais da uma noção real de deus, ao analisar a consistência da matéria corrida, que se resume a ligações nervosas, átomos, e energia. O resto é divagação, o resto são palavras bonitas: é incentivo para o óbvio à que caminhamos nesse determinado espaço de universo. Incentivo, como uma luz na escuridão do fim do túnel. Jesus sabia disso, se não, pq ele mesmo não tratou de escrever a bíblia? Pq ele sabia também que não importa se ele tivesse escrito, ou alguém 70 anos depois, pois de qualquer forma nós já temos as respostas ao nosso tempo, dentro de nós, e não queremos seguir a resposta alheia, queremos o pouco que temos, e temos o pouco que queremos, em doses homeopáticas, ou seja, o que foi escrito sobreviveu através dos tempos num processo básico e humanamente pessoal de “Telefone sem fio”, se é que alguém me entende...

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