25/09/2009

no vão do tempo

Opondo-se no entardecer à luminosidade da luz
Ele se entregou em cheio à noite que chegava
Sem demora sem pressa de se apressar
Se pois de canto a contar em seus poucos dedos o tempo que lhe restava
Ele a encontrou de novo
Eram velhos amantes que não entendiam seus corpos
Ela fria e distante pronta para carrega-lo em seu fim
Ele triste e sombrio a espera de seu último instante de arrepio
Sorrateiros pelos tempos sem fim
Se acabavam e se ardiam numa agonia ruim
Não eram noite nem eram dia
Eram em vão uma simples melodia

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