Um demonio da Paixão

a paixão me escravizou 

me condenou ao chão como um trapo qualquer

me tirou a luz enquanto negava sua invasão

mas foi em vão

tudo se perdeu onde nada existiu

apenas balanços entre trancos e dor

enquanto procuro a razão que se perdeu

não entendo a crueldade com que o fogo queima

não entendo pq maldade fui me enganar inteira

ao ponto de me afogar com ar e viver cega e tensa

foi um demonio que passou por minha vida

me falou sorrindo ódio e mentiras

das mais belas cores e da mais pura agonia

e respira livre com a consciência limpa

fui uma vitima de mim mesmo

dos meus olhos incapazes de reconhecer 

do meu própio desamor que me abriu sem proteção

da minha incrível solidão do impecílio do desejo

de doar o que não tinha e nada receber 

da pureza com que eu sentia o pior a acontecer 

da liçao do sofrimento que procuro aprender